QUINTO IMPÉRIO
Triste de quem vive em casa,
Contente com o seu lar,
Sem que um sonho, no erguer de asa,
Faça até mais rubra a brasa
Da lareira a abandonar!
Triste de quem é feliz!
Vive porque a vida dura.
Nada na alma lhe diz
Mais que a lição da raiz –
Ter por vida a sepultura.
Eras sobre eras se somem
No tempo que em eras vem.
Ser descontente é ser homem.
Que as forças cegas se domem
Pela visão que a alma tem!
E assim, passados os quatro
Tempos do ser que sonhou,
A terra será teatro
Do dia claro, que no atro
Da erma noite começou.
Grécia, Roma, Cristandade,
Europa – os quatro se vão
Para onde vai toda idade.
Quem vem viver a verdade
Que morreu D. Sebastião?
Este poema é constituido por cinco quintilhas, a sua rima aritemética é de sete versos ou seja uma redondilha maior, e o seu esquema rimatico é aabba.
Na 1ª estrofe podemos verificar que o sujeito poetico começa por ironizar com aqueles que estão satesfeitos ou seja aqueles que nao acreditam no Quinto Imperio.
Na 2ª estrofe reforça-nos a ideia da primeira estrofe, no entanto ele critica todos aqueles que apenas vivem à espera da morte e de certa forma não aproveitam a vida.
Na 3ª estrofe o tempo é feito de períodos e já passaram muitas "eras" e o homem continua a revelar-se por ser descontente/infeliz ou seja, deseja sempre o conflito e a posse efémera das coisas, mas o poder das armas tem os dias contados pois uma Nova Era se aproximava.
Na 4ª estrofe passados os quatro impérios ou idades, a terra verá nascer um Quinto Império. Este regresso ao seio materno, pode bem ser uma inteligente metáfora, do regresso às origens, a um Império Espiritual, depois da busca incessante da posse material.
Na ultima estrofe podemos concluir que a Pessoa pede a aparição desse Império magno, da verdade feita símbolo, trata-se de um Império final, de fraternidade, que existirá para sempre.
Assim, a estrutura da mensagem, sendo a de um mito, a das Idades, transfigura e repete a história duma pátria como o mito de um nascimento, vida e morte de um mundo; A morte que será seguida de um renascimento. Desenvolvendo-a como uma ideia completa, de sentido cósmico, e dando-lhe a forma simbólica tripartida – Brasão, Mar Português, O Encoberto. Que se poderá traduzir como: os fundadores, o nascimento, a realização, ou a vida. O fim das energias latentes, ou a morte, essa conterá já em si, como gérmen, a próxima ressurreição, o novo ciclo que se anuncia – o Quinto Império. Assim, a terceira parte, é toda ela cheia de avisos, preenche de pressentimentos, de forças latentes prestes a virem á luz: depois da Noite e Tormenta, vem a Calma e a Antemanhã: estes são os Tempos. E aí sempre se passarão, e se repetirão, sempre as mesmas cenas mas em modelações diversas, a nota da esperança: D. Sebastião, O Desejado, O Encoberto …
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